Tecnologia utiliza a ferramenta feita de carbono em formato de mola para quebrar as moléculas do plástico e evitar contaminação
Cientistas da Universidade de Adelaide, na Austrália, criaram um sistema de ímãs que remove e consegue modificar os microplásticos da água. A tecnologia utiliza a ferramenta feita de carbono em formato de mola para quebrar as moléculas do plástico, diminuindo seu efeito de contaminação.
O projeto foi publicado na Revista Matter, de divulgação científica. Segundo o professor de engenharia química e um dos responsáveis pelo serviço, Shaobin Wang, os microplásticos absorvem contaminantes orgânicos e metálicos enquanto são transportados pela água.
Apesar de pequenas, essas partículas plásticas podem gerar diversos problemas ambientais. Ao serem consumidas por outros organismos, elas liberam essas substâncias, que vão sendo acumuladas ao longo da cadeia alimentar.
Os pesquisadores desenvolveram nanotubos de carbono com nitrogênio que foram capazes de remover uma parte dos microplásticos encontrados nas amostras de água testadas em laboratório.
De acordo com os pesquisadores, os produtos obtidos a partir da degradação desses microplásticos são completamente inofensivos e podem, inclusive, ser usados como uma fonte de carbono para o crescimento de algas.
Para completar, as molas se tornaram magnéticas depois que os cientistas incluíram uma pequena quantidade de manganês em sua composição. Isso facilita a coleta do material após o seu uso.
Perigo
Esses resíduos são extremamente prejudiciais para a vida marinha e dificilmente coletados em métodos tradicionais de filtragem da água. O método desenvolvido pelo jovem irlandês pode ser um aliado no combate a esse agente poluidor. Segundo o portal The Journal, atualmente não há nenhum sistema de filtragem de microplásticos em funcionamento nas estações de tratamento de água da Europa.
Uma outra inovação trazida no setor foi desenvolvida pelo irlandês Fionn Ferreira, de 18 anos, que venceu o prêmio Grand Science, promovido pelo Google, após mostrar sua criação em uma feira de ciência. Para o feito, o jovem desenvolveu um método de remover plásticos da água.
Embora ainda não seja necessário fazer um monitoramento de rotina para a presença de microplásticos na água, de acordo com a OMS, há pelo menos três potenciais riscos à saúde humana.
Perigo físico
Representam um “corpo estranho” e não fazem parte da alimentação humana normal.
Perigo químico
Produtos de plástico contêm elementos químicos que podem ser tóxicos.
Perigo biológico
Partículas podem reter e acumular micro-organismos que fazem mal ao ser humano, como bactérias e fungos, por exemplo.
Fonte: Consumidor Moderno.
09-10-2019