Brasilia: SLU afirma que não há risco de vazamento de chorume em aterro sanitário



 

Autarquia se posiciona sobre documento interno que revelou risco de ”colapso” no sistema de tratamento de resíduos de Samambaia

 

O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) assegura que não existe risco de desastre ambiental no Aterro Sanitário de Brasília (ASB), em Samambaia. O posicionamento da autarquia ocorre após documento interno afirmar que o sistema de tratamento de resíduo teria entrado em “colapso”. O documento pedia ainda que estado de emergência fosse decretado.

 

O chorume é estocado em “lagoas”, que são reservatórios à céu aberto. Com as fortes chuvas da semana passada, o volume nos reservatórios aumentou consideravelmente, o que causou o risco de transbordamento. No entanto, segundo o SLU, não existe mais risco pois a secretaria já construiu dois reservatórios adicionais, com outros dois que serão concluídos na próxima terça-feira (4/2).

 

“Assim que tomamos conhecimento do risco de colapso, chamamos a Defesa Civil e após análise decidimos construir mais quatro reservatórios. Com isso, mesmo que mais chuvas ocorram, nós estaremos preparados”, afirmou o diretor adjunto do SLU, Gustavo Souto Maior.

 

Tratamento de chorume

 

Ainda segundo o diretor adjunto, quando o aterro foi construído, em 2017, não havia preocupação de tratamento de chorume, que seria feito pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).

 

“Em maio do ano passado, a Caesb mandou uma correspondência para a SLU dizendo que não receberia mais o chorume do aterro porque isso estaria desestabilizando a operação da estação de tratamento de esgoto deles. Algo que do ponto de vista técnico estava dando problemas”, explicou Gustavo Souto Maior.

 

Depois disso, o SLU contratou em caráter emergencial uma empresa para tratar os resíduos. No entanto, até que o tratamento pudesse começar os dejetos foram estocados. Por isso, as lagoas para estocar o chorume. De acordo com o SLU, mil metros cúbicos de chorume são produzidos por dia no Distrito Federal.

Fonte: Correio Braziliense.

10-02-2020