Resumo
Este estudo tem a finalidade de demonstrar a importância do gerenciamento dos resíduos sólidos oriundos da construção civil, expor a importância do Plano de Gerenciamento de resíduos sólidos e apresentar os benefícios e vantagens do Plano de Gerenciamento de resíduos sólidos para a obra, uma vez que, o setor da construção civil gera toneladas de Resíduos Sólidos todos os anos, onde a grande maioria destes resíduos são descartados de forma inadequada e sem preocupação com o meio ambiente. Além da produção exacerbada e exorbitante dos resíduos, existe ainda o aumento no custo dos materiais pela falta de gerenciamento destes, o que gera desperdício, conseqüentemente, despejo e acúmulo de resíduos sólidos na natureza. A realização da pesquisa foi feita através da realização da revisão bibliográfica em autores que já discorrem e pesquisaram sobre o tema. Concluiu-se ao final da escrita, que a implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, é perfeitamente viável para a construção civil e os benefícios vão de uma redução de 50% a 96% na geração de resíduos sólidos por mês nas obras de construção civil. Isto representa ganhos para a empresa e para o meio ambiente.
Introdução
O crescimento do setor industrial e consequentemente o aumento da economia dos últimos anos, contribuiu para o aumento na produção de bens e serviços e no poder de compra e aquisição da população. Aliado a este fator, deu-se após a década de 1970 um crescimento populacional acelerado, devido a advento da Revolução Industrial. (KARPINSK, 2009), no entanto, perante o crescimento e expansão dos centros urbanos e da população, o planejamento e organização não se adequaram para acompanhar tal crescimento dos centros urbanos e populacional, o que gerou na produção de resíduos sem destinação correta, ausência de saneamento básico adequado, investimentos condizentes em infraestrutura e urbanismo, investimentos em saúde pública, melhorias na qualidade de vida, entre outros (KARPINSK, 2009).
No entanto, com o advento da sustentabilidade e das reais necessidades de preservação dos recursos naturais e do planeta, estão cada vez mais em evidência. Desta forma, muito se tem falado e estudado sobre gestão e gerenciamento dos Resíduos da Construção e Demolição, devido à necessidade de desacelerar a produção e principalmente sobre o despejo na natureza, surgindo as novas práticas e tecnologias voltadas e baseadas para o Gerenciamento e Gestão dos Resíduos (NAGALI, 2014).
Por muitas vezes, os termos são tido como sinônimos, no entanto não devem ser vistos com a mesma definição, pois existe diferenciação entre Gerenciamento e Gestão. Onde a gestão está ligada a um processo amplo onde estão inseridos as leis e regulamentos e onde existem as políticas públicas voltadas para a Gestão, em uma visão macro. Já o gerenciamento como pondera Nagali 2014, diz respeito das atividades da construção civil propriamente ditas, ou seja, as atividades operacionais e o manejo direto com os resíduos, desenvolvidas e aplicadas no canteiro de obras, onde de fato ocorrem as obras. Os principais marcos dos resíduos sólidos no Brasil é a Política Nacional dos Resíduos Sólidos – PNRS, inscrita sob a Lei Federal n° 12.305, de 2 de agosto de 2010, que dispõe sobre a adequada gestão dos resíduos sólidos e também pela Resolução n° 307 do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA que estabelece e dispõe sobre a gestão dos RCC.
Autores: Antônio Rodrigues Coelho Júnior; Bruno Balarini Gonçalves; Pedro Emílio Amador Salomão; Hamilton Costa Júnior e Igraine Gonçalves da Silva.
27-03-2020