A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e a Fundação Banco do Brasil assinaram, nesta segunda-feira (20/2), em Belo Horizonte, um convênio para execução de um projeto-piloto de recuperação ambiental em três sub-bacias hidrográficas do estado. Com valor de R$ 380,5 mil, a parceria vai beneficiar municípios do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas.
Os recursos serão investidos em um estudo ambiental que vai subsidiar obras no Córrego da Velha, no município de Araçuaí (Vale do Jequitinhonha); na bacia do Rio Paracatu, em Brasília de Minas e no Córrego do Fumaça, em Porteirinha (Norte de Minas). Do valor total do convênio, R$ 259 mil são da Fundação Banco do Brasil. Já a Emater-MG entra com a contrapartida de R$ 121 mil em horas técnicas de trabalho de sua equipe.
O presidente da Emater-MG, Glenio Martins, destacou o trabalho feito com as três esferas para a recuperação das sub-bacias. “Estamos envolvendo União, Estado e municípios. Isso é muito importante. Os recursos, se somados, podem produzir grandes resultados. A expectativa é resolver alguns passivos ambientais e os problemas com a oferta de água”, destacou.
O trabalho conta com a parceria das prefeituras dos municípios banhados pelos rios. Durante a solenidade também foi assinado um termo de cooperação técnica com os prefeitos. Com as máquinas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que as prefeituras receberam, serão executadas obras como contenção de erosão, de barraginhas e readequação de estradas.
“Um dos fatores que contribuem para o assoreamento dos rios é justamente a manutenção inadequada das estradas, fazendo com que a enxurradas levem muita terra para o rio. Este projeto, com a barragens e a manutenção das estradas, visa estabelecer alternativas de preservação e manutenção adequadas da vias. É de extrema importância para a revitalização da sub-bacia e vai proporcionar maior abastecimento de água para a nossa região”, comentou o prefeito de Brasília de Minas, Geelison Ferreira da Silva.
“Esperamos que este seja o pontapé inicial de um projeto bem grande para atender outros municípios de Minas. A Fundação sempre atua em tudo que ela considera sustentável, que apresente soluções para as comunidades. De 2006 para cá, a Fundação já aplicou R$ 160 milhões em Minas Gerais, em projetos deste tipo”, explicou o José Walter do Amaral, gerente de Mercado de Agronegócio do Banco do Brasil em Minas Gerais, representado a Fundação BB durante o evento.
Zoneamento Ambiental Produtivo
Para desenvolver o projeto, a Emater-MG vai aplicar a metodologia do Zoneamento Ambiental Produtivo (ZAP), que utiliza imagens de satélite, estudos de disponibilidade hídrica, mapa dos solos e paisagens existentes em cada sub-bacia para assim compor o diagnóstico delas.
“Essa é uma ferramenta de trabalho, desenvolvida pela Emater, para identificar áreas de fragilidade e potencialidades, seja no desenvolvimento da agricultura, como na proteção ambiental, recarga e outros aspectos”, explica o gerente de Divisão de Inovação e Tecnologia Ambiental da Emater-MG, João Carlos Guimarães
A solenidade de assinatura do convênio também contou com as presenças do secretário adjunto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Amarildo Kalil, deputados, diretores e gerentes da Emater-MG.
22-02-2017