Estudo que avalia o Plano Nacional de Recursos Hídricos no período 2006-2015 e cria indicadores para acompanhamento da sua implementação até 2020 foi apresentado aos integrantes do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), nesta quinta-feira (29/06), em Brasília-DF, durante a 37ª Reunião Ordinária da instância. O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, foi representado no evento pelo secretário executivo da pasta, Marcelo Cruz.
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A reunião foi conduzida pelo secretário de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do Ministério, Jair Tannús, na qualidade de secretário executivo do CNRH. “O Conselho desempenha um papel fundamental, pois corresponde ao fórum político que deve orientar e harmonizar os diversos interesses dos entes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos de forma a promover o diálogo com as políticas de desenvolvimento dos governos e os demais setores da sociedade”, explicou Tannús.
Marcelo Cruz reforçou o empenho do Departamento de Recursos Hídricos do MMA no acompanhamento e monitoramento da elaboração dos planos estaduais de recursos hídricos. Ele também destacou o trabalho na revisão das metas prioritárias do Plano Nacional de Recursos Hídricos para o período de 2016 a 2020.
De acordo com o consultor responsável pelo estudo, Leonardo Mitre, “é a primeira vez que o Plano tem uma métrica proposta para que seja avaliado ao longo do tempo”.
AGENDA PRIORITÁRIA
Marcelo Cruz lembrou que há um ano, ao abrir a 35ª reunião do CNRH, o ministro pontuou os recursos hídricos como agenda prioritária de sua gestão. “E assim a pauta foi conduzida, protagonizando ações em várias frentes, sob a responsabilidade das diversas secretarias e vinculadas do ministério”, afirmou.
Ele destacou o Programa Plantadores de Rios, lançado no início deste mês, no Dia Mundial do Meio Ambiente, voltado à recuperação de nascentes e áreas de preservação permanente hídricas e com o objetivo de revitalizar os rios.
O secretário executivo do MMA também citou a realização, em março, do Seminário Águas do Brasil, para celebrar o Dia Mundial da Água. O evento foi marcado pelos 20 anos da Lei das Águas e os preparativos para o 8º Fórum Mundial da Água, que ocorrerá em Brasília, no próximo ano.
O Fórum Mundial, maior evento global sobre o tema, ocorrerá pela primeira vez no Hemisfério Sul e a previsão é de que acolha um público de 30 mil participantes, de diversos países. “O encontro trará, de um lado, a visibilidade internacional e, de outro, a possibilidade do envolvimento, sem precedentes, da sociedade brasileira na discussão sobre gestão das águas”, disse Marcelo Cruz.
AVANÇOS
De acordo com Marcelo Cruz, diante da mudança do clima, que agudiza as situações de crise hídrica no país, já crônicas em certas regiões e aprofundadas pelo desmatamento e por dificuldades de gestão, é fundamental e urgente mobilizar o conjunto da sociedade para a utilização equilibrada e justa dos recursos hídricos.
Para tanto, afirmou, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos ganha relevo. “É preciso valorizar seu papel como a maior instância do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos”, disse o secretário executivo.
03-07-2017