Um dos mais danosos mitos sobre a presença privada no saneamento diz respeito ao preço das tarifas praticadas
Apesar do avanço na conscientização da opinião pública sobre a importância dessas parcerias para um atendimento digno à população, ainda existem preconceitos que atrapalham o avanço do setor, questão que devemos olhar com cuidado.
Tarifas justas e estabelecidas com bases técnicas são essenciais para a garantia da qualidade e da sustentabilidade dos serviços prestados, o que pressupõe investimentos contínuos em serviços e a manutenção e modernização de estruturas.
Ao comparar números, já sabemos que as tarifas de concessionárias são absolutamente compatíveis com as praticadas por todo o mercado, um argumento numérico e objetivo que nos leva a questão da capacidade de gestão. Para oferecer um serviço com o nível de complexidade que área do saneamento requer, a expertise técnica é um dos diferenciais do setor privado.
Ainda assim existem outras ferramentas para democratizar o acesso ao saneamento, como a tarifa social, benefício que oferece desconto na conta de água às famílias de baixa renda. Assim como funciona com outros serviços, como energia elétrica, essa é uma forma de garantir que esse direito básico esteja acessível para todos. Um serviço tão essencial para a manutenção da saúde e qualidade de vida das populações não pode ser privilégio de alguns.
Como todo mito, a questão da tarifa em concessões privadas precisa ser encarada com honestidade, considerando a sustentabilidade e a possibilidade de continuidade nos investimentos como prerrogativa para uma tarifa justa. Quão honesto seria com as futuras gerações praticar uma tarifa que não contemple investimentos?
Uma tarifa insustentável não prevê investimentos em estrutura e qualificação de profissionais, não contempla necessidades futuras e muitas vezes se resume a negociações políticas. A presença da iniciativa privada garante a viabilidade de projetos sustentáveis e serviços de qualidade com preços justos e investimentos, a direção a seguir para trilharmos o caminho das Cidades Saneadas.
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31-07-2017