Nesta terça-feira (17/10), em Santa Bárbara do Monte Verde, no Território Mata, inicia-se uma série de Audiências Públicas, promovidas pelo Governo de Minas Gerais, por meio do Instituto Estadual de Florestas (IEF), para esclarecimento e contribuições da população sobre o processo de criação do Parque Estadual Serra Negra da Mantiqueira. As demais audiências serão no dia 18 de outubro (quarta-feira), em Lima Duarte, e no dia 23 de outubro (segunda-feira), em Olaria.
O futuro Parque Estadual Serra Negra da Mantiqueira está localizado na região da Zona da Mata mineira, próximo ao Parque Estadual do Ibitipoca, com área prevista de 6,8 mil hectares.
Segundo o gerente de Criação e Implantação de Áreas Protegidas do IEF, Paulo Scheid, a área onde a futura unidade de conservação (UC) está localizada possui grande diversidade ambiental, com ocorrência de espécies raras e ameaçadas de extinção.
“Essa região também guarda o maior remanescente de fragmento da Mata Atlântica (mata úmida e de altitude) contínua da região do Circuito Serras de Ibitipoca, um dos biomas mais ameaçados do país, além de possuir grande diversidade paisagística, beleza cênica e potencial turístico, por isso, a importância de sua preservação”, explica o gerente.
Scheid também acrescenta que as UCs são consideradas uma das estratégias mais eficazes de conservação da biodiversidade. “No caso específico do Parque Estadual Serra Negra da Mantiqueira, será uma reserva de proteção integral, onde é permitido apenas o uso indireto de seus recursos naturais, não envolvendo consumo, coleta, dano ou destruição desses recursos”, esclarece.
O gerente pontua, ainda, que além dos benefícios proporcionados pela preservação dos recursos naturais, ou seja, pelos próprios serviços ambientais prestados pela natureza, os municípios onde a UC estará inserida, a princípio Santa Bárbara do Monte Verde, Lima Duarte, Olaria e Rio Preto, também serão beneficiados pelo aumento do ICMS Ecológico.
“A criação de uma reserva ambiental gera emprego e renda, por meio do turismo ecológico sustentável, pela possibilidade de atração de investidores, promoção de eventos culturais, sociais e ambientais, e pela integração em âmbito estadual e nacional no circuito de UCs”, afirma.
Após o período de consulta pública, o IEF irá avaliar todas as sugestões, críticas e contribuições colhidas, não somente das audiências públicas, mas em todo o período aberto para consultas públicas. Serão analisadas também as avaliações técnicas feitas pela equipe do Instituto, consolidando então o documento final, que será encaminhado para que o Governador Fernando Pimentel publique o ato de criação da UC.
17-10-2017