Uma pergunta frequente feita pela sociedade, especialmente pelos responsáveis pelo gerenciamento dos recursos hídricos, é quanto de água se consome para produzir um quilograma de carne, ovo, milho, soja ou um litro de leite?
Nos últimos anos, pesquisadores sem empenham na busca por estes números. Existem vários métodos utilizados nesses estudos e o da “pegada hídrica” é um dos mais aceitos pela comunidade científica, empresas e governos.
A pegada hídrica é definida como o volume de água consumido, direta e indiretamente para chegar ao produto e serve como ferramenta analítica para saber como um determinado produto se relaciona com a oferta hídrica e no que ele pode colaborar com a escassez.
Esse cálculo contribui na geração de conhecimento no manejo dos recursos hídricos nas atividades agropecuárias e agroindustriais. A pegada hídrica é equivalente às pegadas ecológicas e de carbono. Ajuda a entender os sistemas de produção como elos de uma cadeia produtiva, que se inicia na geração de insumos e termina na oferta de produtos ao consumidor.
Pesquisadores, profissionais e estudantes de pós-graduação que atuam na área de produção animal e gestão ambiental das atividades agropecuárias e agroindustriais terão a oportunidade de participar da primeira capacitação em cálculo de pegada hídrica para produtos de origem animal oferecida na América do Sul. O curso vai tornar o aluno apto a calcular, interpretar e propor ações para reduzir os valores da pegada hídrica.
A Embrapa Pecuária Sudeste promove o curso, em São Carlos (SP), entre os dias 22 e 24 de novembro, com aulas teóricas e práticas, e carga horária de 20 horas. As inscrições poderão ser realizadas exclusivamente pela Internet, no site https://www.embrapa.br/pecuaria-sudeste/curso-pegadahidrica, até o dia 20 de outubro, no valor de R$ 1.000,00 (uns mil reais).
As vagas são limitadas a 20 participantes, com seleção prévia baseada na formação acadêmica, experiências profissionais e área de atuação atual, além das respostas aos questionamentos na ficha de inscrição.
Para o coordenador do curso, pesquisador da Embrapa Júlio Palhares, "O evento é uma oportunidade única de aprender como melhorar a eficiência hídrica dos produtos de origem animal e avaliar a sustentabilidade da atividade com relação ao uso da água".