Estudo analisa geração de resíduos pela indústria em Minas Gerais



A Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) disponibilizou nesta quinta (28/12), em seu site (www.feam.br), o Inventário de Resíduos Sólidos Industriais de 2017, com informações de 414 empresas sediadas em Minas Gerais. O estudo reúne dados coletados de janeiro e dezembro de 2016.

 

 

As informações observam as 24 tipologias de atividades industriais passíveis de licenciamento ambiental em Minas Gerais, listadas na Deliberação Normativa do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) nº 74, de 2004. Segundo o estudo, três tipologias concentram 27,77% do total de empresas inventariadas: siderurgia com redução de minério, indústria da madeira e de mobiliário, e indústria de material de transporte.

 

 

A Região Central do Estado reúne o maior número de empresa, com 40,1%, seguida pela Região Alto São Francisco, com 15,7% do total. As atividades que mais geraram resíduos foram a destilação de álcool, com 48,54%, a siderurgia com redução de minério, com 19,97%, e a indústria metalúrgica para fabricação de artefatos, com 9,36% do total de resíduos gerados.

 

 

Na distribuição das empresas por municípios, dos 853 municípios mineiros, 136 foram objeto do inventário. A maior concentração de empresas está em Contagem, Betim, Sete Lagoas e Ubá. Já os municípios que mais receberam resíduos dentro do estado foram Sabará, Betim e Belo Horizonte. Fora do estado, os municípios Guará (DF), Cezarina (GO) e Cosmópolis (SP) receberam a maior quantidade de resíduos.

 

 

O total de resíduos inventariados no estado em 2016 foi de 49.282.120,57 toneladas. A distribuição do total de resíduos inventariados aponta em termos de classificação para 4,84% como resíduos Classe I (perigosos) e 95,16% como Classe II (não-perigosos). Os três resíduos Classe I mais gerados foram: resíduos oleosos do sistema separador água e óleo; lama terciária e óleo lubrificante usado.

 

 

FERRAMENTA DE GESTÃO

 

O diretor de Gestão de Resíduos da Feam, Renato Teixeira Brandão, explica que o Inventário de Resíduos Sólidos Industriais tem sido uma ferramenta importante de gestão no estado. “O estudo apresenta as principais ações, no que se refere ao investimento em projetos alternativos de destinação de resíduos industriais, que busquem evitar ao máximo a disposição final desses materiais em aterros”, afirma.

 

 

O diretor reforça ainda que o inventário é um instrumento importante para subsidiar projetos relacionados ao tema, por trazer informações sobre o gerenciamento ambiental dos resíduos sólidos industriais, realizado pelos empreendimentos do estado”, observa Renato Brandão.

 

 

Clique aqui para acessar o Inventário de Resíduos Sólidos Industriais - Ano Base 2016

09-01-2017