Promovida há 29 anos consecutivos pela AESabesp – Associação dos Engenheiros da Sabesp, a Fenasan – Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente é hoje consolidada e reconhecida como uma das mais importantes feiras do setor de saneamento realizadas no Brasil e no exterior. E em caráter simultâneo com o Encontro Técnico da AESabesp – Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente é considerada como o maior evento do setor na América Latina. A Fenasan foi realizada entre os dias 18 e 20 de setembro no Expo Center Norte em São Paulo.
O Eng.º Robson Fontes da Costa, representando a Sanejets Engenharia e Sistema de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental de São Caetano do Sul (SAESA), apresentou o trabalho técnico “Como combater as enchentes em drenagem urbana – um caso de ações de controle e gestão de eficiência”.O especialista explicou, que as enchentes são fenômenos naturais associados a incertezas climáticas e inundações são enchentes associadas a ações antrópicas.
“As inundações e a poluição têm origem distribuída por toda a bacia hidrográfica. A redução dos riscos de inundação e da poluição requer intervenções integradas em toda a bacia hidrográfica”, pontuou.
O objetivo foi apresentar os resultados dos trabalhos desenvolvido no município de São Caetano do Sul, do contrato de: Prestação de Serviços de Diagnóstico, Limpeza, Desobstrução e Remoção de Sedimentos do Sistema de Drenagem Urbana.
Este trabalho irá apresentar o resultado de quatro anos de mudanças de paradigmas e ações integradas nas redes de drenagem, onde os resultados alcançados diminuíram áreas de enchentes, cadastramento de redes e indicadores de gestão e controle.
As atividades desenvolvidas para atingir esse processo de melhoria contínua contidas no trabalho, foram:
a) Divisão da área geográfica de cada frente de serviço em sub-bacias de drenagem, destacando-se aquelas onde ocorre o maior número de intervenções e obedecendo à estruturação lógica do sistema de escoamento;
b) Análise estatística qualitativa e quantitativa da Varredura na rede de drenagem identificando, através de Inspeção visual da extensão total de 100% da rede de drenagem a cada ano, a existência de anomalias tais como obstruções, extravasamentos em bocas de leão (BL’s), tampões de galerias de águas pluviais (GAP’s) encobertos ou desnivelados, divergências cadastrais e demais anomalias que possam ser identificadas através de inspeção visual;
c) Acompanhamento da lavagem, limpeza e desobstrução preventiva das micro-bacias críticas selecionadas através de gráficos de Paretto;
d) Diagnóstico das sub-bacias constituintes da área geográfica, com base no levantamento das inspeções nas sub-bacias, identificando as deficiências estruturais e hidráulicas da rede coletora.
Resultados Obtidos
Desta forma foram obtidos e realizados vários gráficos de controle e acompanhamento das ações implementadas que demonstram a eficiência da nova gestão de controle das redes de drenagem urbana, que serão apresentadas abaixo, sendo priorizadas e diagnosticadas as seguintes ações:
a) Atendimento as Solicitações de Serviços;
b) Varredura Operacional das Redes de Drenagem;
c) Execução de Limpezas Preventivas por Bacias;
d) Filmagens de redes e Testes de Fumaça;
e) Cadastramento de Rede.
Foram vistoriados 5800 equipamentos entre Poço de Visita (PV) e Boca de Lobo (BLB).Robson Fontes da Costa em suas conclusões afirmou, que a análise, gestão e controle das ações através de gráficos de controle e estudos estatísticos qualitativos e quantitativos, contribuíram para uma mais eficiente gestão das redes de drenagem urbana. O melhor dos resultados. No entanto não se dá pela gestão, mas sim, pela diminuição dos pontos de enchentes e alagamentos, que apesar das chuvas com maior intensidade ao passado, não causaram nenhuma ocorrência.
“Assim percebemos que de fato quando partimos para uma Gestão Preventiva, porém árdua de equipamentos públicos muitas vezes esquecidos em muitas gestões as realizações e ganhos são imensuráveis na qualidade dos serviços prestados à população”, disse.
Encerrou destacando, as seguintes consequências desta nova forma de gestão e controle:
a) Maior eficiência as ações implantadas;
b) Menor diminuição das ações corretivas e maior ações preventivas;
c) Assertividade das ações por rua com maiores incidências de ocorrências;
d) Manutenções mais rápidas e ações globais mais eficientes.
08-11-2018