Com dados alarmantes sobre poluição causada pelo uso do plástico pelo homem nos oceanos, estudos de universidades no mundo todo têm cada vez mais achado soluções ecológicas e não poluentes para o material. Recentemente, Larissa Sandes, de 25 anos, engenheira de alimentos recém-formada pela UESB - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, compartilhou em suas redes sociais os resultados de uma embalagem biodegradável, sustentável e comestível, que serviria como um plástico filme, ideal para envolver frutas e outros alimentos.
Desenvolvidas a partir de amido de milho, quitosana e fécula de batata, as chamadas embalagens ativas têm espessura e força de um plástico filme de PVC, mas além de serem comestíveis, se decompõem no meio-ambiente em até 2 meses. Para se ter uma ideia, o plástico comum, feito a partir do petróleo, leva de 100 a 600 anos para se desintegrar e se decompor por completo.
Incentivada pela professora doutora Cristiane Patricia de Oliveira, Larissa demorou 3 anos de estudo para chegar à composição ideal do material. Além da alternativa comestível, há também uma mais resistente ainda feita a partir de BHT, um composto produzido por fitoplanctons, que também é biodegradável, porém não pode ser ingerido.
Segundo os estudos, a embalagem ativa também pode aumetar a vida de prateleira dos alimentos. No seu último trabalho, Larissa aplicou o filme em salsichas e observou sua capacidade de atuar contra atores externos (umidade e oxigênio), que aceleram a oxidação dos alimentos. No momento ainda nenhuma empresa brasileira utiza esse material em escala comercial.
17-12-2018