O monitoramento da qualidade de água e dos sedimentos no Rio Paraopeba e tributários impactados pelo rompimento da mina do Feijão se dará em um total inicialmente de 47 pontos, contemplando estações de monitoramento já existentes e outras emergenciais, integrando esforços das seguintes instituições: COPASA, CPRM/ANA e IGAM.
As estações da COPASA (3), CPRM/ANA (3) e IGAM (12) já realizam monitoramento rotineiro no rio Paraopeba, o qual será intensificado devido ao evento. Nestes pontos, o monitoramento será diário ou várias vezes por dia, por período indefinido, até quando se julgar necessário. A frequência do monitoramento será continuamente avaliada conforme resultados obtidos e a passagem da onda de rejeitos. O início do monitoramento seguirá uma sequência de montante para jusante, à medida em que os rejeitos avancem ao longo do rio.
O monitoramento contemplará parâmetros básicos de qualidade de água (temperatura, Oxigênio Dissolvido, turbidez e pH), a série de metais, além de concentração de sedimentos.
Cabe salientar que os dados históricos de monitoramento do IGAM apontam para valores médios de turbidez de 87,16 UNT, cerca de 20 km a jusante do acidente. A medição realizada pela COPASA no dia 26/01/19 às 8h no local de sua captação, a 19km a jusante do acidente, resultou em 63.700 UNT, enquanto às 16h30 a turbidez foi de 34.220 UNT.
Já as medições da CPRM em Ponte Nova do Paraopeba, situada 57km a jusante do acidente, apontaram turbidez de 27 UNT às 17h20 do dia 26/1, mostrando que os rejeitos ainda não haviam atingido este local até aquele momento. Nesta mesma data, o IGAM coletou ainda amostras em 4 pontos de monitoramento no rio Paraopeba, enquanto a CPRM fez coletas em outros 4 pontos.
Ainda com respeito ao monitoramento, são propostos 29 pontos onde a CPRM monitorará geoquímica com frequência menor, sendo feitas duas campanhas espaçadas de aproximadamente 15 dias (identificados como CPRM-GQ no mapa em anexo). Serão coletadas amostras de sedimento de fundo e água superficial. O propósito desse monitoramento é comparar os dados geoquímicos coletados com aqueles anteriores ao desastre.
A extensão do monitoramento é do local do acidente, percorrendo o rio Paraopeba a jusante até o reservatório da UHE Três Marias.
Ainda, a Vale fez uma proposta inicial à SEMAD, no âmbito do auto de infração emitido pela Secretaria, um conjunto de 29 pontos de monitoramento.
Os anexos mostram a localização dos pontos de monitoramento, com detalhe para a região mais próxima ao acidente.