Deputados se manifestam sobre rompimento de barragem em Brumadinho



Diversos deputados – entre eleitos e no exercício do mandato – se manifestaram nos últimos dias no Twitter sobre o rompimento da barragem de mineração da Vale em Brumadinho (MG) na sexta-feira (25), que deixou mortos, feridos e desaparecidos.

 

O coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), anunciou que sobrevoou nesta segunda-feira (28) “o cenário desolador” da tragédia. “Toda minha solidariedade às famílias dos desaparecidos. As regras de licenciamento ambiental não podem ser afrouxadas”, afirmou. Segundo ele, é preciso reforçar a luta no Congresso contra o desmonte do licenciamento ambiental.

 

Outros parlamentares escreveram mensagens de solidariedade às vítimas da tragédia, a qual muitos chamaram de “crime”. Futuro líder do governo na Câmara dos Deputados, o deputado eleito Major Vitor Hugo (PSL-GO) pediu que “Deus conforte os corações das famílias em dor nesse momento”.

 

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) desejou “toda força aos profissionais que atuam no resgate das vítimas do crime em Brumadinho”. Também para a deputada Erika Kokay (PT-DF), “não foi acidente, foi crime”.

 

O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) defendeu que se responsabilizem criminalmente os responsáveis pelos laudos de liberação das barragens e os diretores das empresas. “Não pode haver impunidade diante de um crime desses”, afirmou.

 

A eleita Joice Hasselmann (PSL-SP) classificou como “desdém” o ocorrido. “Somente o medo da punição pode evitar crimes como este”.

 

O deputado Fábio Mitidieri (PSD-SE) disse que a tragédia semelhante ocorrida em Mariana (MG), mesma região de Brumadinho, há três anos, deveria ter servido de lição para evitar o rompimento de sexta passada. “A irresponsabilidade somada à falta de compromisso e respeito à vida humana, a morosidade dos órgãos de controle e fiscalização e da Vale resultaram nesta nova tragédia”, lamentou.

 

Militares israelenses

Causou polêmica entre os parlamentares o envio, por Israel, de um avião com militares, cães farejadores e sonares para ajudar no resgate. Apesar de considerar bem-vinda toda ajuda humanitária, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) considerou curioso o presidente Jair Bolsonaro privilegiar “militares estrangeiros de Israel em detrimento dos nossos compatriotas das Forças Armadas que conhecem melhor que ninguém o nosso território”.

 

Já a eleita Bia Kicis (PRP-DF) agradeceu aos soldados de Israel. “Tragam sua competência, sua expertise, seus equipamentos e sua solidariedade”, escreveu. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) explicou que ‏”Israel faz isso porque é um país amigo”. Para ele, razões ideológicas justificam as críticas feitas a uma aproximação que trará coisas boas.

 

Recém-eleito, Alexis Fonteyne (Novo-SP) igualmente acusou a oposição de fazer “uso oportunista e ideológico” da tragédia em Brumadinho. O evento, disse ele, deveria unir o povo.

 

Paulo Ganime (Novo-RJ), outro recém-eleito, também pediu união e a redução das postagens que não acrescentam. “‏Não é hora de brigar, é hora de nos unirmos, ajudando as vítimas, prestando solidariedade e divulgando notícias sobre a tragédia. Se você não tem nada disso para comunicar, sugiro diminuir as postagens, por respeito e para deixar o que é realmente importante ser comunicado”, pediu.

30-01-2019