Resumo
Apresentaremos a metodologia desenvolvida na cidade do Rio de Janeiro visando as melhores práticas para implantação de Combate a Perdas.
A utilização de bacias de esgotamento como referencia territorial de regiões, é o ponto de partida para o desenvolvimento das atividades tratadas neste trabalho.
Pretendemos demonstrar, uma metodologia inovadora para a determinação das perdas físicas e financeiras da água produzida. Com os dados obtidos pela medição das vazões na rede coletora, macro medição da água e micro medição nas economias, produzimos hidrogramas de esgotos relacionados aos de água potável aduzida. Os volumes totais são correlacionados com a água micro medida. Isto leva a uma massa de informações aliadas as comerciais permitindo aprimorar a operação, manutenção dos sistemas e gerenciamento financeiro.
Produzimos planos de intervenções acompanhando a evolução das ações na rede coletora e malha de distribuição de água, quantificando perdas físicas, faturamento, consumo de água e esgotos per capita, com elaboração dos hidrogramas. Estão sendo eliminadas as irregularidades no funcionamento na rede coletora, na malha de distribuição de água e ligações domiciliares. A bacia estudada está atingindo o funcionamento ideal, servindo como referencia para outras regiões. Os custos das ações e os ganhos financeiros serão extrapolados para outros futuros planejamentos.
Introdução
O conceito raiz que norteou o desenvolvimento do trabalho que está sendo posto em prática consiste na filosofia de que um sistema de distribuição de água, o recebimento da água fornecida em cada domicilio e posterior devolução ao meio ambiente, após ter sido utilizada individualmente por cada consumidor, para ser gerenciado corretamente por parte do órgão responsável pelo saneamento da região, precisa ser tratado como um círculo fechado em que o usuário é a parte ativa em todo o processo, cabendo a concessionária apenas manter o circulo girando em harmonia.
Caso haja algum descompasso em qualquer etapa do processo, o sistema como um todo, responderá com aumento nos custos de manutenção, desgastes indesejáveis e desconforto aos usuários, consumindo recursos que na maioria das vezes são escassos, desprovendo de uma melhor cobertura outras regiões.
É imperativo que num mundo moderno, onde existem várias tecnologias, cada vez mais acessíveis, e também uma crescente escassez de recursos naturais além da necessidade cada vez maior de proteção ao meio ambiente, que sejam criados procedimentos que conduzam a gestão dos recursos hídricos cientificamente balizados.
No trabalho que está sendo realizado, as informações coletadas estão possibilitando que a manutenção e a operação dos sistemas de abastecimento de água e coleta de esgotos que outrora eram tratadas de forma pontual e individualizadas possam ser gerenciadas de forma holística cujas ações sejam norteadas de forma previsível com metas esperadas a serem alcançadas. Este procedimento diferencia o que normalmente é realizado, em que os defeitos ou irregularidades tanto na rede coletora de esgotos quanto na rede de distribuição de água, decorrentes das reclamações dos consumidores, são reparados sem se dar conta das suas recorrências e sem uma preocupação com as suas causas reais. Historicamente, esta forma inadequada de proceder é atribuída a grande demanda de serviços, principalmente nas grandes metrópoles onde a densidade urbana é maior, causando com isso uma intermitência na oferta dos serviços ao consumidor além de gerar redução na arrecadação e maior custo operacional.
Autores: Eugenio Eduardo Queiroz Macedo; Armando Costa Vieira Junior; Fabio Dias Barros; Luiz Claudio Drumond e Marcelo Alan Vieira.
14-02-2019