Com gastos que ultrapassam R$ 16 milhões, nos três primeiros meses de 2020, o Brasil registrou 40 mil internações por falta de saneamento adequado.
As internações ocuparam, em média, 4,2% dos leitos do SUS, por cerca de três dias. Do total de gastos, 46% foi despendido na Região Norte que, historicamente, apresenta graves falhas e os piores índices de saneamento básico do país.
Segundo dados do Ranking da Universalização do Saneamento da ABES, o Brasil poderia ter 13.712 leitos disponíveis por mês, durante a pandemia de Covid-19, caso investisse em serviços de água, esgoto e coleta de lixo.
Para contabilizar as internações, o estudo considera as Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI) de transmissão feco-oral. Dentre elas: cólera, febre tifóide e paratifóide, shiguelose, amebíase, diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumível, entre outras enfermidades infecciosas intestinais.
Doenças típicas de ambientes precários, de saneamento inadequado ou inexistente. No país, há quase 35 milhões de brasileiros sem acesso à água tratada e mais de 100 milhões sem coleta de esgoto, e do total de esgoto gerados apenas 46% são tratados.
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