A organização não governamental Ponto Terra foi eleita membro do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) como representante das entidades ambientalistas da região Sudeste para o mandato 2011/2013. O resultado positivo da eleição foi comemorado nesta terça-feira, 10 de maio, com um café ecológico na sede da Ong, em Belo Horizonte.
Segundo Ronaldo Vasconcellos, presidente da Ponto Terra, o objetivo do encontro é divulgar para todas as entidades que atuam na área ambiental a importância dessa representatividade. "Somos o único representante como sociedade civil no Conama e estamos à disposição para levar as demandas do Estado para discussão nesse importante parlamento ambiental. Queremos que nos ‘usem' e estamos preparados para exercer com competência e seriedade esse papel a nós confiado", afirmou.
O presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes-MG), Márcio Tadeu Pedrosa participou da reunião e destacou a importância dessa representatividade para Minas Gerais. "A Abes é membro do Conselho como representante de entidades profissionais de âmbito nacional, com atuação na área ambiental e de saneamento e agora, com a participação da Ponto Terra, ganhamos mais força na defesa de temas de interesse ambiental relevantes para Minas Gerais e todo o país", disse.
Para Maura da Costa Val, diretor do Instituto Ekos para o Desenvolvimento Sustentável, quanto mais representatividade nos conselhos deliberativos mais ganhos ambientais. " Principalmente para defender os recursos hídricos que se encontram em situação tão caótica", disse.
Tilden Santiago, Diretor de Meio Ambiente da Companhia de Saneamento de Minas Gerais, lembrou a ausência do poder público municipal nas discussões das comissões ambientais. Somente com envolvimento e participação é possível fortalecer a democracia e alcançar ganhos ambientais reais", ressaltou.
Ronaldo Vasconcellos aproveitou para lembrar que um novo regimento interno deve ser votado no Conama para punir os membros que faltarem a mais de duas reuniões do Conselho. A proposta prevê que o representante seja suspenso por seis meses e sua suspensão comunicada ao Ministério do Meio Ambiente. "Essa suspensão dá um caráter ruim para o representante e para a entidade, após certo tempo, será cobrado a substituição dessa pessoa. Temos que ter maioria absoluta para votar, se somos 104 membros, precisamos de no mínimo 53 representantes presentes", explicou.
11-5-2011