A Copasa recebeu na quinta-feira, dia 24, o prêmio de melhor empresa do setor de Água e Saneamento, concedido pelo jornal Valor Econômico. A solenidade de premiação foi em São Paulo, durante o lançamento da 17ª edição do Anuário Valor 1000, publicação que apresenta as 1000 maiores empresas brasileiras.
Durante o evento foram premiadas as 25 empresas que se destacaram em seus setores de atuação em 2016. As análises para definição do ranking foram feitas em parceria com a Serasa Experian e com o Centro de Estudos e Finanças da Fundação Getúlio Vargas. Os critérios utilizados para o estudo dos balanços são Receita Líquida, Crescimento Sustentável, Margem de Atividade, Giro Ativo, Margem Ebitda, Rentabilidade, Liquidez Corrente e Cobertura de Juros.
De acordo com a presidente da Copasa, Sinara Meireles, o prêmio demonstra o compromisso do Governo de Minas Gerais com o saneamento básico. “É um reconhecimento ao trabalho de nossos funcionários, que se dedicam à qualidade de vida e saúde dos mineiros em 635 municípios”, afirma.
Retomada
O prêmio reflete o caminho da recuperação da Companhia, promovida pela atual diretoria, em sintonia com as diretrizes do Governo de Minas Gerais. Em janeiro de 2015, a Copasa enfrentava sérias dificuldades financeiras. A arrecadação havia crescido pouco nos anos anteriores, ao contrário das despesas, que apresentavam curvas crescentes ano após ano. O nível de investimento feito anteriormente a 2015 foi alto, bem acima do que a empresa poderia arcar, elevando os riscos de não cumprimento dos compromissos de pagamento assumidos.
Diante do quadro, a diretoria da Copasa implementou ações de redução de custos, eficiência operacional e de revisão da gestão empresarial. Um desses programas foi a reestruturação organizacional, com a redução de áreas e a revisão de processos. Foram extintas diretorias, departamentos e houve fusão de divisões e redução de cargos comissionados. Outras medidas foram colocadas em prática, como o rigoroso controle na contratação de serviços, nos gastos com materiais, na gestão de contratos e nas despesas gerais. Um plano de demissão voluntária e incentivada foi implementado com sucesso, gerando a diminuição das despesas com a folha de pessoal.
Crise hídrica
Outro desafio enfrentado pela diretoria imediatamente à sua posse, em 2015, foi a crise hídrica na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que já vinha dando seus sinais há pelo menos dois anos, e demandando intervenções que não foram feitas. A falta d´água obrigou a Companhia a pedir a população para economizar água, o que gerou mais queda na receita.
Para solucionar o problema, uma importante obra foi viabilizada pelo Governo do Estado. Com o aporte de R$ 128,4 milhões, o Governo de Minas Gerais, por meio da Copasa, em dezembro de 2015, inaugurou a primeira grande obra da gestão do governador Fernando Pimentel: a captação de água no Rio Paraopeba, em Brumadinho.
A obra possibilitou o bombeamento de até 5.000 litros de água por segundo captados no Rio Paraopeba através de 6,5 km de adutora de aço, com diâmetro de 1,5 metro, até a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Rio Manso e, foi, fundamental para que o abastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte não entrasse em colapso.
“A sensibilidade do governador Fernando Pimentel, com o apoio e confiança de sua equipe de governo foram determinantes para garantir a realização de tão relevante obra, logo no início da gestão, em condições tão adversas”, recorda a presidente da Copasa, Sinara Meireles.
Balanço positivo
Todas estas ações foram determinantes para a retomada do equilíbrio financeiro da Copasa. O balanço divulgado em março de 2017, referente ao ano de 2016, mostrou que a Copasa fechou o exercício de 2016 com lucro líquido de R$ 434,2 milhões, contra um prejuízo de R$ 11,6 milhões, observados em 2015. A receita líquida de água e esgoto atingiu R$ 3,6 bilhões em 2016, um aumento de 15,9%, em relação ao ano anterior. As despesas, por sua vez, apresentaram queda de 2,1% no exercício. A geração de caixa operacional (EBITDA ajustado) alcançou R$1,4 bilhão em 2016, com crescimento de 35,2% em relação a 2015. A dívida líquida foi reduzida em R$236 milhões, atingindo em 2016 o menor valor registrado desde o encerramento do exercício de 2013.
No âmbito operacional, a Companhia terminou 2016 atendendo a 11,56 milhões de habitantes com abastecimento de água, por meio de 5,08 milhões de unidades consumidoras, o que representa um incremento de 1,8% no período de um ano. Foram distribuídos 934,6 milhões de m³ de água no ano de 2016, um crescimento de 2,6% em relação a 2015.
Os serviços de esgotamento sanitário são prestados a 7,83 milhões de habitantes, por meio de 3,39 milhões de unidades consumidoras desse serviço, representando uma elevação de 2,9% em relação ao exercício anterior. Em 2016, foram tratados 250,7 milhões de m³ de esgoto, correspondendo a 79,3% do volume total de esgoto coletado pela Companhia.
Em 2017 a Copasa continua avançando. Em 21 de julho de 2017, a Agência Fitch Ratings atribuiu o Rating Inicial de Longo Prazo em escala nacional "AA(bra)", com perspectiva estável, para a COPASA MG.
Em 25 de julho de 2017, a Agência de Rating Moody’s publicou relatório mantendo o rating de longo prazo atribuído à COPASA MG, B1 em escala global e Baa1.br em escala nacional.
Copasa
A Copasa é a empresa de saneamento do Estado de Minas Gerais. Trata-se de uma empresa pública de capital aberto, sendo o Governo do Estado seu acionista majoritário. Atua prestando serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e de resíduos sólidos nos municípios onde detém a concessão. Atualmente ela está presente em 635 municípios, abrangendo uma população de 11,5 milhões de pessoas. A empresa emprega cerca de 11.500 pessoas. A Copasa possui uma subsidiária que opera sistemas de pequeno porte na região dos vales do Mucuri, Jequitinhonha e São Mateus, denominada Copanor e que também presta serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
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04-09-2017